segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Oscars 2018 - The Before Post




Este ano não vou entrar em justificações porque acho assim ou assado, porque já o fiz em cada post para trás, em que cada filme aqui mencionado é brevemente analisado por mim. Podem ter acesso a todos eles carregando aqui

Um apontamento, ou lembrete, aliás 2. James Franco e o seu Disaster Artist foi esquecido, e se no ano passado Casey Affleck ganhou o Oscar mesmo com um processo de assédio provado em tribunal, este ano o #timesup não permitiria tal coisa. O que quererá isto dizer no futuro? Daí que eu ache que possamos ter uma surpresa com Call me by your name e o seu caractér naive. Era uma consagração do cinema europeu e era apoteótico, tal como foi o ano passado com Moonlight. Assim o esperamos. 

Apontamento número 2: Já ouviram falar do "Síndrome All About Eve"? É provável que não, porque acabei de o inventar. (este trecho já vem do ano passado). O All About Eve, a par de Titanic, a par do nosso La La Land teve 14 nomeações aos Oscars. Sabem quantos prémios ganhou? Seis! Três deles técnicos e nenhum de desempenho principal (recordo que tinha nada menos que duas actrizes nomeadas para esse prémio, perderam para Judy Holliday). Passamos de 1951 para 2008: The Curious Case of Benjamin Button, nomeado a 13 Oscars, quantos ganhou? Três, todos eles em categorias técnicas. Vamos então a 2010: True Grit teve dez nomeações, incluíndo melhor filme, realizador, argumento, desempenhos. Quantos ganhou? Zero. E a lista continua, há muitos exemplos. Percebem onde quero chegar? 
Nomeações não são tudo, arte cinematográfica é diferente de indústria cinematográfica. Acredito que o mesmo se vá passar com The Shape of Water, apesar de que Melhor Realizador ninguém tira a Del Toro, mas veremos se não sai daqui uma grande surpresa (desilusão) da noite. Aqui estão as minhas apostas:

Este ano o excitamento é grande, consegui ver os flmes todos, nomeadamente os nomeados a melhor argumento, que são para mim os dois prémios mais importantes da noite. Consegui ver os filmes atempadamente, criar uma opinião sobre eles, acompanhar de perto os outros prémios barómetro, o panorama politico-social, #fuckthedresses. Larguem o telefone, o computador, as redes sociais. O cinema permite-vos sensações e lições que não conseguem em mais lado nenhum. Esta é a semana mais excitante do ano, participem activamente nela, eu estarei por aqui!














segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Darkest Hour


Este filme foi para mim uma surpresa e ao mesmo tempo uma desilusão. Enquanto filme no seu todo não me preencheu, desapontou e deixou sabor a pouco. Enquanto filme que é um "character movie", como já The Queen tinha sido, o filme, ou perdão Gary Oldman é surpreendente. Sem ser um biopic puro, todo o filme gira à sua volta, e ainda que orbitem bons actores com bons desempenhos, como Kristin Scott Thomas como sua mulher, não tem screen time suficiente para brilhar. O que é uma pena, pois está espantosa. Mas fixemo-nos em Gary Oldman, o único que há para comentar sobre este filme. A caracterização extensiva a que foi sujeito é de deixar qualquer um de queixo caído. Carrega em próteses mais de metade do seu peso e às tantas, naquele perfil muito próprio quase Hitchockiano, deixamos de saber onde acaba Oldman e começa Churchill. Ele estudou a personagem durante um ano, os maneirismos e timbre de voz são assustadores de realistas, ele fumou até 400 charutos. Sim, sim é um character movie, daqueles que se fazem para actores ganharem oscars pelo papel de suas vidas. E ainda que o filme tenha boas falas  (também Churchill o tem) e boas cenas (como a do metro que infelizmente não aconteceu na vida real) temo que o filme se esgote em Oldman. Como disse quando recebeu o Globo, a sua mulher adormecia com Winston Churchill e acordava com Gary Oldman. Eu não sei qual dos dois vencerá o Oscar e subirá ao placo para discursar. Mas ambos estão de parabéns. São histórias de vida assim que fazem a história do cinema. 7/10