segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Darkest Hour


Este filme foi para mim uma surpresa e ao mesmo tempo uma desilusão. Enquanto filme no seu todo não me preencheu, desapontou e deixou sabor a pouco. Enquanto filme que é um "character movie", como já The Queen tinha sido, o filme, ou perdão Gary Oldman é surpreendente. Sem ser um biopic puro, todo o filme gira à sua volta, e ainda que orbitem bons actores com bons desempenhos, como Kristin Scott Thomas como sua mulher, não tem screen time suficiente para brilhar. O que é uma pena, pois está espantosa. Mas fixemo-nos em Gary Oldman, o único que há para comentar sobre este filme. A caracterização extensiva a que foi sujeito é de deixar qualquer um de queixo caído. Carrega em próteses mais de metade do seu peso e às tantas, naquele perfil muito próprio quase Hitchockiano, deixamos de saber onde acaba Oldman e começa Churchill. Ele estudou a personagem durante um ano, os maneirismos e timbre de voz são assustadores de realistas, ele fumou até 400 charutos. Sim, sim é um character movie, daqueles que se fazem para actores ganharem oscars pelo papel de suas vidas. E ainda que o filme tenha boas falas  (também Churchill o tem) e boas cenas (como a do metro que infelizmente não aconteceu na vida real) temo que o filme se esgote em Oldman. Como disse quando recebeu o Globo, a sua mulher adormecia com Winston Churchill e acordava com Gary Oldman. Eu não sei qual dos dois vencerá o Oscar e subirá ao placo para discursar. Mas ambos estão de parabéns. São histórias de vida assim que fazem a história do cinema. 7/10 

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