domingo, 24 de fevereiro de 2019

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

/dos sonhos - Update V.2019


 A minha actividade onírica anda aos pulos, as trips a nível meditativo também. Começou talvez antes de fazer o curso de Theta Healing e talvez por isso o tenha decidido fazer, é na onda theta que me sinto mais eu, eterna sonhadora, a dormir ou acordada. Tenho sonhos que são enigmáticos, sempre tive, outros mais reveladores, mas sempre muito ricos. Tenho acordado dos meus próprios sonhos com a consciência de e do que estou a sonhar, e tenho que acordar para pensar no que se acabou de passar em REM. E esta é nova para mim, apesar de já ter lido sobre essa experiência num livro sobre vivid dreams que trouxe de Portland. 

Hoje estava a ter um sonho com imensas personagens e direcções, mas o fio condutor era que me queriam fazer sentir menos do que aquilo que eu sou, self-esteem wise, e entre devaneios, sentam-me numa cadeira de maquilhagem, penteiam-me o cabelo parecido com a Brooke Shields nos anos 90 e eu solto a seguinte frase, com sotaque sulista, que não sei de onde vem: "Look at me. I look more like an icon, than icons look like icons these days!" E pensei: esta frase é tão mas tão boa, eu tenho de acordar imediatamente para não me esquecer e ponderar sobre ela. E assim foi..

I don't know where I and my crazy mind are going, things are getting crazier and crazier by the day, but I just promise it won't be boring! 😉

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Porque é que é tão importante que um filme "em língua estrangeira" ganhe o Oscar de melhor filme?



Este ano o filme Roma tem a possibilidade de fazer aquilo que nunca foi feito. E que nunca nenhum filme esteve tão perto como o Roma de o concretizar. O quê? Ser o melhor filme do ano, ainda que falado numa língua estrangeira que não o inglês: Castelhano e e Mixtec. Vamos a alguma história.

Em 90 anos da Academia, o filme que esteve mais perto de fazer uma diferença tão grande como esta foi o The Artist em 2011. É um filme mudo com legendas em Francês (apesar de ser uma produção Americana), mas exactamente por ser um filme mudo (e Americano) entrou directamente para os nomeados a categoria de melhor filme, prémio que ganhou. Nunca foi considerado como um filme de língua estrangeira, como outros 10 antes do Roma, alguns deles nomeados nas duas frentes. Os quatro mais recentes foram Crouching Tiger, Hidden Dragon (China) em 2000, Letters from Iwo Jima (EUA, Japão) e Babel (México e EUA) em 2006, sendo que os dois entraram apenas na corrida principal por serem também falados em Inglês, e finalmente Amour em 2012 (França). 

A Academia, ao contrário do que nos habituou, tem tomado algumas escolhas mais artísticas em função de outras mais comerciais. Como quando preferiu o Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance) em detrimento do Boyhood em 2015 ou em 2017 quando anunciou como vencedor  (!!!) Moonlight e não o esperado Lalaland. Curiosamente, tanto Birdman como o vencedor do ano passado Shape of Water são produções parte mexicanas de realizadores mexicanos, Alejandro Iñárritu e Guillermo del Toro, mas que são faladas em inglês e co-produzidas pelos EUA. Ainda assim, admito que estes dois compatriotas de Alfonso Cuarón, vieram abrir caminho para aquilo que poderá acontecer. Cuarón, como é dito aqui na review do filme, realizou, produziu, montou, escreveu e fotografou Roma, que é fruto das suas memórias de infância e uma homenagem às mulheres e ao México. Se Roma ganhar, o prémio pertence exactamente a Cuarón e ao México. O único envolvimento americano aqui é a distribuição Netflix, mas já lá chegaremos.

Mas porquê então que é tão importante um filme Mexicano ganhar o Oscar-mor? Porque não há cultura americana de ver filmes com legendas. Não há cultura quase a nível mundial de ver filmes estrangeiros, que não Ingleses ou Americanos (Portugal leva um grande guilty nisto que bebe tanto e tanto do entretenimento americano). A categoria de melhor flme estrangeiro seria uma categoria que num mundo ideal deixaria de existir, e todos os filmes, sendo em que língua ou credo fossem, estariam igualmente habilitados a serem escolhido como melhor do ano, porque há muitos filmes de enormíssima qualidade feitos anualmente à volta do mundo. Mas neste momento, esta categoria é mais do que necessária para que estes filmes, ainda que poucos, se mostrem ao mundo, marquem o seu espaço, comecem a criar o hábito. Se um destes filmes ganhar, se existir a coragem para a mudança, o mundo da arte e do cinema ganha e vai ficar diferente para sempre, sem dúvida alguma. Mais do que achar que este é o melhor filme do ano, eu acredito que seja aquele que realmente pode fazer uma diferença no mundo. Coisa que o Green Book, ou o BlackKklansman ou o Bohemian Rhapsody não fará.

Por fim, a Netflix. Cannes proibiu que Roma fosse exibido durante o festival porque não admite filmes produzidos ou distribuídos por canais de streaming online. A Netflix, como outros streamings que se estão hoje a popularizar, jogam regras diferentes do jogo. Têm timmings diferentes, não revelam resultados de box office e principalmente divulgam os filmes na nossa televisão ou computador quase ao mesmo tempo que nos cinemas. Enquanto que alguns vêem aqui a morte do cinema, eu vejo a democtarização da arte que aprendi na faculdade há 15 anos, e da qual Walter Benjamin fala há 80. O nosso paradigma está a mudar da massificação para um paradigma de individualização, onde cada um tem acesso muito facilitado aos conteúdos mais adequados para si. Não seria fantástico que a duas semanas do Oscar pudessemos ver os nomeados que escolhemos na nossa televisão, ou no cinema ou até no computador se assim fosse permitido? Infelizmente e piratarias à parte, isto apenas acontece com o Roma, que contradição das contradições, é o filme mais clássico de todos, e no entanto, aquele que está mais avançado na evolução do cinema digital. E também por isto, porque o mundo está a mudar - e não podemos lutar contra o inevitável e sim jogá-lo a nosso favor pondo o mundo inteiro o ver filmes únicos como o Roma - é também importante que um filme mexicano, de um distribuidora de streaming seja o grande vencedor dia 24 deste mês no Dolby Theatre. Fingers Crossed, a garrafa de champagne já está no frio. 

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Vice


First and foremost I liked the style of Vice. I liked its original, unexpected and provocative narrative. On the other hand I can never fully embrace a movie that is a campaign against someone's legacy, Dick Cheney and George W. Bush. Even If I have no sympathy or belief for the real life characteres and events shown.
That said, wow! This is a really good cast ensemble and an even better make-up team. Just look at Christian Bale, Amy Adams, Sam Rockwell and Steve Carrell. No wonder the movie received several performance's awards nominations, as well as important others, like best picture of the year. I don't believe this movie can win a best picture award because it's too divisive, and Hollywood has its share of republicans and conservatives. But I also believe some liked it so much because it dares to say and show what only Michael Moore did, on a very unrealiable and political style. Of course it is very difficult to watch this kind of screenplay without crossing lines, even knowing that this is a satire trying to cross boundaries on cinema world. I guess you need to watch it to have your own opinion about it, and I am pretty sure, it is not going to be consensual.

PS- Did you get Frank and Claire Underwood - from House of Cards - vibes too? I mean, he even breakes the fourth wall!!


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Three Identical Strangers


Despite being snobbed by the Academy, Three Identical Strangers was awarded and recognized around the world cinema as one of the best documentaries made in 2018.

It tells a story, stranger than fiction, about triplets who were separated at birth and reunited by coincidence in University, at age 19. As the doco goes by, the viewer discovers that this story is much more that pure chance, as it challenges the limits of science, ethics and humanity.

It made me laugh and it made me cry, but above all things it made mequestion myself: genetics or environment? Who are we after all? And do we have the right to play Big Brother to find out?
Watch and tell me.

If Beale Street Could Talk




Oscar-winning writer/director Barry Jenkins (Moonlight) makes a strong return with a tragic love story passed in 1976 about a pregnant young woman who struggles to get her fiancé out of jail after he was wrongfully accused of a crime. Based off the book from James Baldwin of the same name, If Beale Street Could Talk, felt more like watching a play. Along with the gorgeous cinematography and fabulous wardrobe, this romance is carried by its two leads Kiki Layne and Stephen James as well as Regina King, who gives an Oscar-worthy performance as Layne’s mother. I enjoyed the movie, as it is a true melodrama, very lyrical in tone and a suberb sound score that operates a very important role on the final aesthetics, something that Barry Jenkis already did in Moonlight, and that it is one of his trademarks. 

The problem about having a movie as Moonlight in your portfolio, it is that acts almost as a curse, because when you master at a certain level, it is very difficult to pull it off what comes next. I enjoyed this movie, I think it is a very beautiful work and I truly believe that Jenkins, with only 39, is one of the best filmmakers of this era. But there is one exercise that I do, when some movies seem unsetlled to me. I watch the trailer again, and I ask myself if the movie is as good as I expected. The answer is no. Although I believe it is on purpose, I found that this adaptation maybe would work better as a theatrical production. And even enjoying the tone, sometimes it felt like it was out of place. The movie starts with a very strong conflict but the next 100 minutes are in a very slow pace. At the same time, this is another movie that is a 'Black lives matter' manifesto, and I felt kind of lost in the plot. I am not sure if the focus was on racism, if it was on young love or even on motherhood. It can even embrace all of this, but it felt to me like the script lacked some direction and the end sound unfinished. Again, it is not easy to review a movie after Moonlight, but overall I found it a really interesting, emotional and worth-watching piece.