Os erros fazem parte da vida. Tal como outra coisa qualquer. Há erros que vivem connosco durante muito tempo, que nos fazem compainha ao deitar e ao acordar. Às vezes despertam-nos mesmo a meio da noite. Há erros que são o nosso amigo imaginário durante anos e anos e apesar de invisíveis não são minimamente silenciosos. O meu pior erro foi deixar que algum erro definisse a minha vida. Hoje olho para os erros como lições. Às vezes demora algum tempo até que consiga ver o lado bom do meu erro, porque todo o erro não duvidem, tem um lado bom. Isto não me irresponsabiliza do meu erro. Eu sou e devo ser totalmente responsável pela minha vida. Mas os meus erros não definem quem eu sou, pelo contrário, os meus erros ajudam-me a crescer, fazem-me mais forte, mais sábia e mais tranquila. Se vou continuar a cometer erros? Claro, é um erro enorme pensar o contrário. Tal como comecei por dizer fazem parte da vida como outra coisa qualquer. Não deixem que os vossos erros vos destruam. Mas também não os silenciem. Ouçam-nos com toda atenção, e quando for possível, arquivem-nos com carinho, como um postal que alguém vos escreveu e que de vez em quando gostam de reler, não para relembrar a dor da ausência, mas para relembrar o amor. Errar é vida e vida é amor. Ouçam-no e perguntem-lhe como vos serviu naquele nomento, porque todos os erros nos servem de alguma forma, por isso os cometemos. Sejam responsáveis, reconheçam quem são, abracem-se, mas não deixam que um único momento das vossas vidas os defina. Não se arrependam do que fizeram, ou arrependam mas responsabilizem-se e aprendam com isso. É a única forma possível de viver, caso contrário é sobreviver.
quarta-feira, 30 de outubro de 2019
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