segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Molly's Game


Este filme é o debute do Aaron Sorkin como realizador e tenho a dizer que não se saiu nada mal. Tal como noutros filmes escritos por ele (está nomeado ao oscar de argumento adaptado), o ritmo é alucinante e as falas rápidas e articuladas. Alguém comentava no IMDB que este filme de 140 minutos tinha mais palavras que um normal filme de 6 horas, e acredito. E o mais incrível é que foi gravado em apenas 10 dias. Baseado numa história verídica de Molly Bloom, Jessica Chastain está espectacular, com uma justa nomeação aos globos de ouro. Quem não se identifica, (ok talvez apenas eu), com um mulher que tem um vício que não é dinheiro, que não é uma substância, que não é outra pessoa, ela tem o vício do poder, nomeadamente entre homens milionários e famosos a quem ela não passa cartão, nem quando lhe declaram a sua paixão. Idris Elba como seu advogado também está muito bem e mais uma vez voltamos ao imaginário Sorkin que adora estes enredos ligados à justiça e lei. 

Vi em Jessica Chastain um pouco da Amy Adams em American Hustle, adorei a caracterização e claro, como admiradora de poker, todo o enredo. Tenho pena que não seja um filme com mais nomeações, mas ganha por entertaining e inteligência, valeu cada minuto. 7 (que podia ser um 8) em 10. Passo a explicar, o final faz menos por todo o filme do que cada uma das excelentes cenas bem conseguidas. E eu sou picky com finais. Um 7 assim sendo.


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