terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Three Billboards


Tenho tentado pôr em prática o que me ensinaram há anos como uma boa regra para a vida: a film a day, a book a week. Sendo altura de prémios torna-se ainda mais fácil. Os Globos abriram caminho para os possíveis nomeados aos Oscars e eu fui-me antecipando, para que este ano não falte nada.

Comecei pelo melhor, se não estou em erro. Não devo estar, este foi um dos melhores filmes que vi na vida. Sou uma eterna apaixonada por histórias simples contadas de uma forma fantástica, se bem que esta história é tudo menos plana. Com laivos de Fargo e Grand Budapest Hotel, a mulher de Joel Coen lidera um elenco de luxo que nos dá um show de representação. Tudo em Three Bilboards é non-sense, tudo um pouco anedótico, mas tudo faz sentido, como se de um poema se tratasse, onde as últimas palavras não têm de rimar. O final é perfeito, os diálogos são geniais, a música country quase serve de personagem. Uma das mais valias do filme reside exactmente nas personagens, até as mais secundárias, tão redondas, todas elas. 

Ri, ri muito. E chorei ainda mais, como só os bons filmes conseguem. Uma lição magnânima sobre o perdão, sobre a bondade e também sobre o amor. Creio que não lhe escaparão os óscares de desempenho (Frances está soberba) mas também argumento e filme. Filmes assim que nos marcam o dia, quiçá a vida. 9 estrelas.

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