quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Os melhores contos do Oriente II


O conto de hoje dá-nos conta de um primeiro ministro fiel ao seu rei que em tudo tinha uma visão positiva e dizia sempre face a qualquer situação "é por bem". Um dia estava por perto quando o rei por acidente cortou um dos dedos da mão e exclamou "é por bem". O rei enfurecido mandou-o prender ao que ele respondeu "é por bem" novamente. Pouco tempo depois o reino foi conquistado por um reino vizinho e o monarca invasor ordenou que sacrificassem o rei vencido em honra dos deuses. Iam imolá-lo quando descobriram que lhe faltava um dedo logo desistiram do ritual visto que não se pode oferecer aos deuses um corpo imperfeito. Também não podiam sacrificar o primeiro ministro porque não o encontravam. 
Forças leais ao monarca reconquistaram o reino e o monarca chamou o ministro encarcerado e abraçou-o, desculpando-se. Quando pediu que voltasse a ocupar o seu lugar o ministro disse-lhe que a vida era tão incerta e instável que tinha decidido dedicar-se à prática da meditação em exclusivo. "Será por bem". O rei tinha aprendido uma lição.

Moral da história: Eu hoje tinha uma viagem marcada para daqui a algumas horas, por motivos que me são alheios não a poderei realizar. À medida que se aproximam as horas e que se desenvolvem os acontecimentos, vejo que se calhar será até melhor para mim não realizar esta viagem, ainda que signifique algumas perdas. Nunca devemos julgar os acontecimentos no imediato como negativos pois não estamos sempre capacitados da lucidez para prever se os desenvolvimentos serão uma benção ou não nas nossas vidas. Da mesma forma como não devemos julgar as pessoas que nos querendo bem, não se expressam sempre da forma que gostaríamos. O que não vem por benção, vem por lição. 


11 de Outubro de 2017





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