quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Os melhores contos do Oriente III


O terceiro conto desta série (recordo que abro à sorte a página do livro acima e depois escrevo aqui a minha interpretação da história) fala-nos de um jovem erudito e petulante que queria atravessar um rio, apanhando para isso uma barca. Silencioso e submisso, o barqueiro começou a navegar energicamente quando o jovem ao ver passar umas aves lhe perguntou: "Barqueiro, estudaste a vida das aves", ao que o barqueiro respondeu que "não, senhor" e o rapaz disse-lhe "Então perdeste um quarto da tua vida". 
Ao passar por umas plantas exóticas, o rapaz perguntou ao barqueiro se ele tinha estudado botânica, ao que ele respondeu não, e o rapaz retorquiu "então devo dizer que perdeste metade da tua vida". O barqueiro remava e mais uma vez o rapaz investiu: "E as águas, estudaste a natureza das águas?" e perante mais uma resposta negativa, disse-lhe "francamente, perdeste três quartas parte da tua vida". 
Subitamente a barca começa a meter água e a afundar. 
O barqueiro perguntou então ao jovem: - Meu Senhor, sabe nadar?
- Não. - respondeu. 
- Então temo Senhor, - disse-lhe o barqueiro -  que tenha perdido toda a sua vida!

Moral da história, a sabedoria não é apenas aquela que vem nos livros, que se aprende nas escolas. Muita da sabedoria que temos de usar no nosso quotidiano vem da nossa experiência de vida e da nossa intuição. A um intlectual, de nada lhe serve a inteligência se a possuir apenas a ela. Hoje foi um dia em tive de usar do meu instinto (my guts) para resolver uma situação para a qual não fui instruída, apesar de pessoas com conhecimento na matéria insistissem para que eu o fizesse "by the book". Segui o meu coração, o meu instinto, a minha visão de diplomacia, e tudo se resolveu pelo melhor. Conhecimento não ocupa lugar, mas lembrem-se que há muito para além daquilo vem nos livros. O sexto sentido, é um deles, usem-no.

12 de Outubro de 2017

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